Já se perguntou isso? Como você imagina? Acha que são pessoas fritando ou assando os cheetos, salgadinhos, doritos, cebolitos, baconzitos, etc?
Primeiro, saiba que não há contato manual, são feitos em processos automatizados.
Vamos falar dos salgadinhos: fritos, os assados, os extrusados (tipo “isopor”) e as batatas fritas.
1. Em geral, os salgados assados são feitos com milho. No começo do processo, os grãos de milho são colocados em panelões de metal cheios de água e aquecidos. Os grãos ficam cozinhando até soltarem a casca. Isso pode demorar até oito horas
2. Em seguida, os grãos de milho são moÃdos para formar uma massa uniforme e macia. Essa massa é esticada por rolos, torna-se fininha como uma lâmina e é cortada em forma de triângulo, ficando com o “jeitão” final do salgadinho
3. Depois de cortada, a massa é assada em um forno industrial. Para que ela fique dourada, os salgadinhos são assados de ambos os lados. Na seqüência, os salgadinhos ainda são fritos em óleo vegetal para ficarem mais crocantes
4. No estágio seguinte, os salgadinhos assados e fritos seguem para o aromatizador. Nesse aparelho, eles recebem temperos em pó com o sabor escolhido para o snack — queijo e ketchup, por exemplo. Depois disso, o produto está pronto para ser embalado
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Fritos
1. A matéria-prima desse tipo de salgadinho é uma massa de trigo. No primeiro passo da fabricação, a farinha de trigo e a água são misturadas em uma batedeira gigante. Depois, a massa passa por rolos e fica esticada em forma de fita
2. Se o salgadinho for do tipo bacon, a massa branca recebe uma tintura de urucum para ficar mais escura. Depois, ela é seca por um sistema de ventilação, cortada em pedaços menores e aquecida por oito horas para retirar a umidade
3. A etapa seguinte é a fritura, em que os salgadinhos tomam um banho em óleo vegetal durante nove segundos, a 180 °C. Há dois tipos de fritador: o contÃnuo, em que uma esteira transporta os salgadinhos por uma piscina de óleo, e o por batelada, que frita uma porção de cada vez
4. Depois da fritura, os salgadinhos seguem para o temperador, uma espécie de cilindro rotativo cheio de tempero em pó usado para dar o gostinho de bacon. Na última fase, as guloseimas vão para a empacotadeira, que lacra os saquinhos de acordo com o peso escolhido
Batata
1. Os fabricantes de fritas recebem as batatas ainda com casca. No estágio inicial de industrialização, as batatas são lavadas e passam por um cortador automático, que arranca as cascas dos vegetais
2. Já sem casca, as batatas são fatiadas no formato liso ou ondulado. Depois, elas seguem para um segundo lavador, que usa água quente para retirar o amido e o açúcar das fatias, e realiza uma espécie de pré-cozimento das batatas
3. O passo seguinte é a fritura. As fatias pré-cozidas são mergulhadas em óleo vegetal a 185º C por no máximo vinte segundos. Dentro do fritador, pás controladas por um sistema automático se encarregam de tirar as batatas do óleo no tempo certo
4. Depois da fritura, os pedaços menores são eliminados. Os que sobram seguem para o aromatizador, onde recebem o tempero em pó. Nem toda a matéria-prima é utilizada: para produzir um quilo de batata frita, são necessários 3,9 quilos de batata fatiada
Extrusados
1. “Extrusados” são os salgadinhos tipo “isopor”, geralmente feitos à base de milho. O ingrediente inicial — uma farinha de milho bem fininha, com grãos de no máximo 12 milÃmetros — é misturado com água até dar origem a uma massa homogênea
2. Essa massa segue para a máquina extrusora, o “coração” do processo de fabricação. A mistura recebe até 170 ºC de calor, é submetida a uma grande pressão e prensada numa matriz que dá a forma escolhida para o salgadinho
3. Depois de passarem pela matriz, os salgadinhos superquentes e prensados entram em contato com uma pressão mais baixa e com uma temperatura mais fria. Resultado: eles “explodem”, ficando com aquela massa aerada e a consistência tÃpica de isopor que todo mundo conhece
4. Ao fim da extrusão, os salgadinhos passam por um cilindro rotativo, que tem sprays que jogam o aroma desejado sobre os snacks – pode ser queijo, presunto ou requeijão, por exemplo. Em seguida, o produto vai para a empacotadeira e já está prontinho
Fonte: Mundo Estranho - Yoon Kil Chang, engenheiro de alimentos da Universidade Estadual de Campinas.
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